O Crítico Desempregado
Opinião sobre Cinema, TV, Pub e tudo o mais que mereça (ou não) uma sucinta apreciação.

quarta-feira, julho 24, 2013
quinta-feira, junho 20, 2013
terça-feira, junho 04, 2013
Tudo é remistura!
O conceito de que nada é novo não é novo. :-)
Mas é sempre iluminado quando alguém consegue fazer passar a ideia de uma forma clara e descomplicada.
Tive o primeiro contacto com o Kirby Ferguson numa TED Talk (http://www.ted.com/talks/kirby_ferguson_embrace_the_remix.html) e gostei tanto que fui investigar mais sobre o homem. Valeu a pena, porque encontrei estas 4 pequenas pérolas de conhecimento / entretenimento:
Mas é sempre iluminado quando alguém consegue fazer passar a ideia de uma forma clara e descomplicada.
Tive o primeiro contacto com o Kirby Ferguson numa TED Talk (http://www.ted.com/talks/kirby_ferguson_embrace_the_remix.html) e gostei tanto que fui investigar mais sobre o homem. Valeu a pena, porque encontrei estas 4 pequenas pérolas de conhecimento / entretenimento:
Warpaint na Aula Magna
Primeira fila das doutorais. É daí que vou assistir ao primeiro concerto em nome próprio das Warpaint em Portugal, uma banda californiana de "rock experimental" (wikipedia) que tem sido visita recorrente do espaço sonoro do meu carro.
"Exquisite Corpse" e "The Fool" são os trabalhos que as menidas de L.A. trazem na bagagem, um EP e um albúm, respectivamente, que introduzem um rock agridoce, rude mas sensual, com muita harmonia vocal e umas linhas de baixo poderosas.
Cartão de visita: http://www.youtube.com/watch?v=yOFxb0F2F2A
"Exquisite Corpse" e "The Fool" são os trabalhos que as menidas de L.A. trazem na bagagem, um EP e um albúm, respectivamente, que introduzem um rock agridoce, rude mas sensual, com muita harmonia vocal e umas linhas de baixo poderosas.
Cartão de visita: http://www.youtube.com/watch?v=yOFxb0F2F2A
segunda-feira, junho 03, 2013
Literatura para férias
Estão escolhidas as três obras que vão acompanhar as minhas férias:
A primeira já a tinha comprado há quase meio ano, mas está a aguardar que acabe o predecessor "A Feast for Crows" que jaz na minha cabeceira há demasiado tempo. "A Dance With Dragons" é a mais recente publicação do George R R Martin para a empolgante saga "Songs of Fire and Ice" que deu origem à igualmente brilhante série da HBO "Game of Thrones".
"For The Win" é um ensaio de Werbach e Hunter sobre como a tendência da "gamificação" se está e irá instalar irremediavelmente nas nossas vidas e, numa perspectiva empresarial, como pode ser usada para embalar negócios para o sucesso. O meu interesse nesta área decorre de um curso homónimo que "tirei" no Coursera, da autoria de Werbach, que merece os mais rasgados elogios.
"Inferno" é a última romance de Dan Brown (ainda não publicada em PT) que terá como personagem principal Robert Langdon, um simbologista que ficou famoso depois de ter descoberto a filha de Jesus em "The Da Vinci Code" :-) Depois de ter lido todos os romances de Brown, espero mais do mesmo (que tem variado entre o bom e muito bom), com o apetite aguçado pelo facto de Dante ser o outro grande protagonista.
Vamos a leituras que a água está (invariavelmente) fria.



A primeira já a tinha comprado há quase meio ano, mas está a aguardar que acabe o predecessor "A Feast for Crows" que jaz na minha cabeceira há demasiado tempo. "A Dance With Dragons" é a mais recente publicação do George R R Martin para a empolgante saga "Songs of Fire and Ice" que deu origem à igualmente brilhante série da HBO "Game of Thrones".
"For The Win" é um ensaio de Werbach e Hunter sobre como a tendência da "gamificação" se está e irá instalar irremediavelmente nas nossas vidas e, numa perspectiva empresarial, como pode ser usada para embalar negócios para o sucesso. O meu interesse nesta área decorre de um curso homónimo que "tirei" no Coursera, da autoria de Werbach, que merece os mais rasgados elogios.
"Inferno" é a última romance de Dan Brown (ainda não publicada em PT) que terá como personagem principal Robert Langdon, um simbologista que ficou famoso depois de ter descoberto a filha de Jesus em "The Da Vinci Code" :-) Depois de ter lido todos os romances de Brown, espero mais do mesmo (que tem variado entre o bom e muito bom), com o apetite aguçado pelo facto de Dante ser o outro grande protagonista.
Vamos a leituras que a água está (invariavelmente) fria.



terça-feira, julho 13, 2010
The A-Team
De 1983 a 87 esta foi uma das série de maior sucesso da televisão americana. Em Portugal, conheceu os seus tempos áureos já na década de 90, ascendendo a condição de série de culto da geração "Agora Escolha". Em 2010, Hollywood decide voltar a pegar na marca em formato filme, com um resultado pouco mais que medíocre... Esta película retrata a constituição do A-Team - ou "Esquadrão Classe A" para os fãs das dobragens -, num argumento repleto de acção, heroísmo e inteligência militar.
Contudo, a extrema tipificação das personagens - de resto patente na série original (Liam Neeson, Bradley Cooper e companhia fazem um trabalho muito decente) - acaba por contrariar o gosto de um espectador do novo milénio, que apesar de apreciar as dinâmicas engraçadas entre os personagens, está cada vez menos propenso a aderir a visões maniqueístas e a finais previsíveis...
Classificação: 10/20
Tipo: Rambo
Contudo, a extrema tipificação das personagens - de resto patente na série original (Liam Neeson, Bradley Cooper e companhia fazem um trabalho muito decente) - acaba por contrariar o gosto de um espectador do novo milénio, que apesar de apreciar as dinâmicas engraçadas entre os personagens, está cada vez menos propenso a aderir a visões maniqueístas e a finais previsíveis...
Classificação: 10/20
Tipo: Rambo
Killers
Killers conta a estória de um jovem e bem sucedido assassino a soldo - Ashton Kutcher (Spread, Just Married) - que se apaixona por uma mulher comum - Katherine Heigl (Grey's Anatomy, Knocked Up) e decide deixar a vida de clandestinidade. Casam, compram uma casa e o ex-assassino arranja um trabalho normal, sem nunca revelar à mulher o que fazia antes de a conhecer. Até que os fantasmas no armário reaparecem...
Este filme apresenta um argumento invulgar mas previsível, com algumas boas piadas e surpresas mas sem grande brilhantismo.
Classificação: 10/20
Tipo: Mr and Mrs Smith
Este filme apresenta um argumento invulgar mas previsível, com algumas boas piadas e surpresas mas sem grande brilhantismo.
Classificação: 10/20
Tipo: Mr and Mrs Smith
segunda-feira, abril 26, 2010
Leap Year

Uma designer de interiores americana, cansada de ser solteira, decide ir ter com o namorado a Dublin e fazer uso uma antiga tradição irlandesa que dita que no dia 29 de Fevereiro (em anos bissextos, portanto) as mulheres podem esquecer os costumes e pedir os seus homens em casamento. Este é o ponto de partida de "Leap Year", uma comédia romântica que explora a atribulada viagem da cosmopolita designer - interpretada por Amy Adams (Enchanted, Julie & Julia)- pelas paisagens apaixonantes mas lamacentas da Irlanda profunda, na companhia de um jovem e relutante guia no personagem de Matthew Goode (A Single Man, Match Point). Mesmo usando todos os truques do género, esta comédia romântica peca por ser previsível, algo cinzenta nos diálogos e demonstrar pouca mestria na utilização dos personagens de apoio e na construção do casal romântico. Sem grande interesse.
Classificação: 8
quinta-feira, abril 22, 2010
Tenure

Centrado na vida de um professor universitário que sabe tudo sobre ser professor e muito pouco sobre ser universitário (entenda-se académico), este "Tenure" apresenta um argumento competente, uma realização algo amadora mas uma performance muito segura de Luke Wilson (The Royal Tenenbaums), num registo cómico-dramático muito exigente. Um registo que Wilson domina como poucos actores do panorama actual - veja-se outro excelente exemplo disto no interessantíssimo "Henry Poole is Here". Em Tenure, o personagem de Wilson tem como parceiro de aventuras e melhor amigo o pouco lúcido mas engraçado David Koechner (Get Smart, Semi-Pro), o infame parceiro de rabóiadas de Michael Scott (Steve Carell) na versão americana do "The Office". Um filme típico de festival de cinema, low-budget e alternativo, mas com muito coração...
Classificação: 13
segunda-feira, abril 19, 2010
Law Abiding Citizen

São poucas as ideias novas de "Law Abiding Citizen". São poucos os frames em que nos prende ou surpreende. São apenas competentes as interpretações dos protagonistas Gerard Butler (Gamer, 300) e Jamie Foxx (Miami Vice, Collateral). É mais um daqueles filmes de acção que se torna facilmente esquecível e confundível. Em suma: medíocre.
Classificação: 8
terça-feira, abril 13, 2010
The Lost Symbol

Nos últimos dois dias de férias da páscoa devorei o mais recente romance do britânico Dan Brown (The Da Vinci Code, Angels and Demons). "The Lost Symbol" é o terceiro livro do autor em que o personagem principal é o professor catedrático e simbologista Robert Langdon. Desta feita, Langdon vê-se envolvido numa trama de mistério e crime que combina segredos maçónicos, ciência noética e factos curiosos sobre a fundação dos Estados Unidos da América. A prosa é escorreita e cinematográfica q.b., assente na fórmula que tem feito de Dan Brown um dos autores mais lidos e mais ricos do planeta: literatura de entretenimento no seu melhor, com injecções de conhecimento comprimido e suspense de roer unhas e virar páginas. Na minha opinião, menos conseguido que os meus preferidos do autor (Angels and Demons e Deception Point)- até porque a fórmula começa a ser cada vez mais previsível - mas, ainda assim, uma leitura agradável.
Classificação: 14
The Bounty Hunter

Gerard Butler (300, Gamer) e Jennifer Aniston (Friends, Marley & Me) protagonizam este "The Bounty Hunter", em que um ex-polícia e caçador de prémios, no decurso da apreensão da ex-mulher jornalista, se vê envolvido no caso que ela estava a investigar... e, para grande surpresa de ambos, reencontram-se com a paixão perdida. Depois de "The Ugly Truth", confirma-se que Butler ainda não encontrou o seu timing de humor, enquanto Anniston, que faz comédia com uma perna às costas. merecia melhor argumento. "The Bounty Hunter" é uma comédia romântica de acção que ficará talvez conhecida por ter juntado o novo casalinho de Hollywood (dizem...). E mais não merece.
Classificação: 7
(de 0 a 20)
Cop Out

À maneira de "Beverly Hills Cop", com banda sonora de segunda, piadolas e pistolas em riste, "Cop Out" é um filme de acção/comédia centrado em detectives demasiado descontraídos para parecer que levam o seu trabalho a sério... Depois de um hilariante "Zach and Miri Make a Porno" (2008), o realizador e argumentista Kevin Smith (Chasing Amy, Clerks, Jay and Silent Bob Strike Again) regressa em 2010 com mais uma comédia competente, que nos devolve o delicioso timing humorístico de Bruce Willis e revela, em todo o seu esplendoroso espalhafato, o génio cómico de Tracy Morgan (30 Rock).
Classificação: 14
(de 0 a 20)
sexta-feira, agosto 21, 2009
Senhor Infeliz e Senhor Descontente
Aos trinta anos passamos oficialmente a ser senhores. Não há volta a dar. Podemos calçar havaianas, ter as calças a cair do rabo, usar penteados do Facto, exibir carteiras da Volcom, percorrer no Ipod os mesmos “sons” que os putos. A dura realidade é que não somos putos. Somos senhores.
Até os trintões que têm carreiras em actividades de espírito jovem - nas artes, na música, no surf, no design, etc. –, quando desviados do seu contexto, são afligidos com esta realidade. Por exemplo, nunca lhes aconteceu irem a uma loja da Pull and Bear, pedirem para experimentar umas calças lixiviadas, esburacadas de origem em 9 sítios diferentes, e receberem do empregado um respeitoso: “E que número é que o senhor veste?”.
No meu caso, esta pergunta é duplamente aviltante... em primeira instância, porque me confronta com o facto de já não vestir entre o 40 e 42 – “sei que é o 31 da Levi’s”, recordo-me de dizer em várias situações, por alturas do milénio transacto -, e que, por força de uma proeminência estomacal, agora me obriga a admitir, embaraçado: “acho que é o 46”; mas, mais importante para a análise em questão, porque me indica claramente que, aos olhos daquele empregado da Pull and Bear, sou um “senhor”.
Este “senhor” causa estranheza. Não se nos cola. É uma etiqueta que faz comichão, como aquelas nas camisas e t-shirts novas, na zona do rim, que recortamos assim que chegamos a casa. Dá vontade de virar a cabeça na falsa esperança de encontrar um senhor, esse sim, de fato e gravata, a quem o empregado da Pull and Bear, por estrabismo crónico deste e coincidência de gosto do outro, se estaria a dirigir...
Na minha geração, aos trinta anos, não somos senhores. “Senhor é o meu pai”, respondem imediatamente, em tom de desafio, os mais espontâneos na oralidade. Os outros, como eu, engolem o proverbial sapo e ferram os dentes na angústia vazia de uma ofensa que não o chega a ser. Não me vou virar ao gajo da Pull and Bear como se ele me tivesse chamado “gordo” ou “feio”, apesar de haver o mesmo grau de verdade em todos.
Um “Sr.” no extracto bancário, um “sim, senhor” ou um “este homem é um senhor!” de aprovação por algo bem feito, tudo bem... Um “o senhor estaria interessado em assinar os canais de entretenimento para adultos?” do outro lado da linha, ainda se suporta... mas ser chamado de “senhor”, olhos nos olhos, é uma ofensa.
No outro dia, contava-me um amigo (um elegantito recém-trintão) que tinha estado no festival Sudoeste, onde se tinha afeiçoado a uma exuberante imitação nacional da Hannah Montana, acabadinha de sair dos teen. Conversaram, beberam uns copos e, no final da noite, acompanhou-a à tenda, onde, depois de se deitarem, a tentou beijar. Ela fingiu que estava a dormir.
A propósito desta estória, outro amigo defendia não ver qualquer problema em de(le)itar-se com raparigas com menos de 18 anos, desde que conscientes dos seus actos.
O que estes meus amigos demonstram é que os trintões continuam a sentir-se atraídos por raparigas adolescentes e pós-adolescentes, talvez porque secretamente se consideram na mesma faixa etária, seja lá o que isso for... Mas já terão parado para pensar que, do lado das lolitas, a diferença de idades pode ser demasiado óbvia? Não correrão o risco de serem sujeitos das confissões de surdina às melhores amigas sobre temas como: “aquele senhor de ontem tentou beijar-me...” ou “estive a mamar na boca daquele senhor”...?
Da minha parte, vou fazendo os possíveis para fintar a inevitabilidade do “senhor”. Já por uma ou duas vezes tomo a iniciativa e apresento-me pelo nome, de mão esticada e sorriso jovial. Quando não quero arriscar de todo a malfadada expressão, encho o peito de confiança e arrisco um passou-bem à jovem, que implica uma ligeira flexão de pulso, para o contacto das palmas num braço-de-ferro brando e afectivo:
- Olá, bom dia, sou o Pedro.
A resposta, invariavelmente, é esta:
- Bom dia, senhor Pedro.
Até os trintões que têm carreiras em actividades de espírito jovem - nas artes, na música, no surf, no design, etc. –, quando desviados do seu contexto, são afligidos com esta realidade. Por exemplo, nunca lhes aconteceu irem a uma loja da Pull and Bear, pedirem para experimentar umas calças lixiviadas, esburacadas de origem em 9 sítios diferentes, e receberem do empregado um respeitoso: “E que número é que o senhor veste?”.
No meu caso, esta pergunta é duplamente aviltante... em primeira instância, porque me confronta com o facto de já não vestir entre o 40 e 42 – “sei que é o 31 da Levi’s”, recordo-me de dizer em várias situações, por alturas do milénio transacto -, e que, por força de uma proeminência estomacal, agora me obriga a admitir, embaraçado: “acho que é o 46”; mas, mais importante para a análise em questão, porque me indica claramente que, aos olhos daquele empregado da Pull and Bear, sou um “senhor”.
Este “senhor” causa estranheza. Não se nos cola. É uma etiqueta que faz comichão, como aquelas nas camisas e t-shirts novas, na zona do rim, que recortamos assim que chegamos a casa. Dá vontade de virar a cabeça na falsa esperança de encontrar um senhor, esse sim, de fato e gravata, a quem o empregado da Pull and Bear, por estrabismo crónico deste e coincidência de gosto do outro, se estaria a dirigir...
Na minha geração, aos trinta anos, não somos senhores. “Senhor é o meu pai”, respondem imediatamente, em tom de desafio, os mais espontâneos na oralidade. Os outros, como eu, engolem o proverbial sapo e ferram os dentes na angústia vazia de uma ofensa que não o chega a ser. Não me vou virar ao gajo da Pull and Bear como se ele me tivesse chamado “gordo” ou “feio”, apesar de haver o mesmo grau de verdade em todos.
Um “Sr.” no extracto bancário, um “sim, senhor” ou um “este homem é um senhor!” de aprovação por algo bem feito, tudo bem... Um “o senhor estaria interessado em assinar os canais de entretenimento para adultos?” do outro lado da linha, ainda se suporta... mas ser chamado de “senhor”, olhos nos olhos, é uma ofensa.
No outro dia, contava-me um amigo (um elegantito recém-trintão) que tinha estado no festival Sudoeste, onde se tinha afeiçoado a uma exuberante imitação nacional da Hannah Montana, acabadinha de sair dos teen. Conversaram, beberam uns copos e, no final da noite, acompanhou-a à tenda, onde, depois de se deitarem, a tentou beijar. Ela fingiu que estava a dormir.
A propósito desta estória, outro amigo defendia não ver qualquer problema em de(le)itar-se com raparigas com menos de 18 anos, desde que conscientes dos seus actos.
O que estes meus amigos demonstram é que os trintões continuam a sentir-se atraídos por raparigas adolescentes e pós-adolescentes, talvez porque secretamente se consideram na mesma faixa etária, seja lá o que isso for... Mas já terão parado para pensar que, do lado das lolitas, a diferença de idades pode ser demasiado óbvia? Não correrão o risco de serem sujeitos das confissões de surdina às melhores amigas sobre temas como: “aquele senhor de ontem tentou beijar-me...” ou “estive a mamar na boca daquele senhor”...?
Da minha parte, vou fazendo os possíveis para fintar a inevitabilidade do “senhor”. Já por uma ou duas vezes tomo a iniciativa e apresento-me pelo nome, de mão esticada e sorriso jovial. Quando não quero arriscar de todo a malfadada expressão, encho o peito de confiança e arrisco um passou-bem à jovem, que implica uma ligeira flexão de pulso, para o contacto das palmas num braço-de-ferro brando e afectivo:
- Olá, bom dia, sou o Pedro.
A resposta, invariavelmente, é esta:
- Bom dia, senhor Pedro.
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